terça-feira, 21 de setembro de 2010

Bachelorette.

O cheiro.
Oscilando entre o adocicado intenso e o suave, em ondas médias, curtas, e novamente médias.
Rompendo barreiras e trazendo a toda todo e qualquer desejo carnal, reprimido no mais fundo do íntimo. Maldito cheiro.
Impregnado na camiseta, na pele, no ar, no osso. Não sai
Ele fica, e assim enlouquecendo a mente do pobre garoto.
Suas emoções, outrora esquecidas, voltam a tona de uma maneira sublime. Entorpecendo e retirando qualquer resquício de sanidade alí existente. Valsava só, no piso negro, procurando dar sentido ao que sentia, envolvendo a cintura da loucura.
Pairava o amargo da abstinência, feito areia em sua boca, feito fogo em sua garganta. Suas unhas rasgavam a própria pele numa tentativa falha de autocontrole, em vão. Sua garganta tinha sede dele. Seus lábios anciavam pelos dele. E o cheiro.
Maldito o dia em que sucumbiu a tentação.
Maldito o dia em que se envolveram no mais proibido dos amores.
Bendito seja o cheiro. bendita seja a carne.
bendito seja o toque.

Um comentário:

Guilherme Navarro disse...

Boa postagem. Há muito sentimento por aqui.