segunda-feira, 5 de julho de 2010

Oito noite, sete dias, a cama vazia.

Pela primeira vez em muito tempo, sentia-se feliz.
Sentava-se alí, e esperava. Sentia falta, tornou-se dependente. Literalmente sentia-se uma criança esperando pelo prêmio ao final do dia.
Precisava ao menos ouvir um minuto daquela voz alegre lhe dizendo "Hey, conhece aquela música?" ou cantando em um tom perfeito, que ao menos ele achava perfeito.
Ele não tinha a palavras para explicar o que acontecia, o que sentia longe e perto da voz. Mas sabia que era bom, que o fazia feliz, que o mantinha longe daquilo que o acompanhou meses seguidos, e que pensando, tremia apenas em lembrar.
 Sete dias, oito noites, sacrificava suas necessidades com prazer apenas para ficar alí. Assuntos iam, vinham, risadas com uma frequencia ainda maior. Tudo aquilo era bom, tudo aquilo confortava seu emocional de uma maneira única. Ele o confortava de uma maneira única, o atraia de uma maneira única. Arriscando-se a dizer, não desejo carnal, um desejo bem superior, como se tudo que o garoto buscasse estivesse alí, cantando todos os dias as músicas que ele mais gostava. Inexplicavelmente, apenas o garoto não viu isso.
O que os ligava era inexplicável. Talvez uma série de afinidades, talvez a personalidade muito parecida. Não sabe-se ao certo. Apenas se sabe que a ligação torna-se mais forte a cada dia, e que ao menos de um lado, um é indispensável ao outro, independente da maneira que for.
Mas, apenas sabia que não iria desistir, e que irá esperar o tempo que for preciso, afinal, não há retorno sem espera, como não há satisfação sem sacrifício.

3 comentários:

Anônimo disse...

Então, decidido a esperar o garoto apenas entendeu que essa espera seria boa e que a recompensa por ela é maior do que a angustia de ficar aguardando ._.

Anônimo disse...

Olá, parabéns pelo texto, gastei muito. Abraços.

Letícia disse...

E esse tempo da espera, acalma o coração e nos faz saber se o sentimento é realmente forte. Foda, Bru ;]