sexta-feira, 5 de março de 2010

Aquele sentado ao sofá.

O garoto estava cansado.
Não sabia de onde tirar forças para escrever, apenas sabia que o tédio o consumia como nunca. Não havia mais nada o que fazer, não havia mais nada o que dizer. Não havia mais nada o que tentar fazer.
O garoto estava em seu sofá, com a sua xícara de chá matinal na mão.
O garoto estava no sofá, ouvindo o jornal vespertino na televisão.
O garoto estava no sofá, perdido em devaneios, perdido no tempo.

Alí ele ficava, dia após dia, semana após semana. Esperando um contato do mundo exterior. Esperando que houvesse convites para sair dalí, pensando, no que poderia fazer, com quem poderia conversar, e quando a cratera ormada pelo ócio iria se fechar.
No mesmo sofá, ele desanima. Perde a vontade de escrever, de falar, de pensar. Perde a vontade de lutar. Apenas se convence, e espera. Se torna mais um, vazio, sem conteúdo, sem emoção.

Não há salvação - pensa ele.





Realmente não há, enquanto ele deixar o sofá o dominar.
Mas, neste momento, o garoto toma uma atitude. Ele cria coragem e retoma a sua vida. Mas ainda sim, ele se sente cansado. com os olhos semicerrados, ele encosta, e dorme. Se liberta, há alegria lá fora. Mal sabe ele o que lhe o destino lhe reserva.
Alí ele descansa, e espera. Pela notícia de seu amado lá fora. Um calor de seus pais, ou simplesmente, um oi de um estranho.

2 comentários:

Anônimo disse...

sei como é isso, igual aos eus finais de semana... mas sabe, talvez, ao invés de esperar vc poderia ir e fazer vc mesmo, mesmo cansado...

Pensamentos Devaneantes disse...

Um após o outro, os dias vão seguindo assim também.

Mas acreditemos, há alegria lá fora!

(=